Edição 44 - novembro/2017 -

Um manifesto pela visibilidade lésbica

O espetáculo teatral “L, O Musical” estreou em 27 de outubro, no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) do Rio de Janeiro, com o apoio da AccorHotels. A empresa é uma das patrocinadoras da montagem e teve participação ativa na construção da Cartilha de Visibilidade Lésbica, distribuída durante as sessões.

O documento cita o trabalho das militantes, explica a definição de lesbofobia, aborda a violência contra a mulher lésbica e traz um manifesto sobre as políticas de saúde. O material foi desenvolvido em homenagem ao Dia da Visibilidade Lésbica (29 de agosto). Na cartilha, também podem ser encontrados os 10 compromissos da AccorHotels em prol da causa LGBT+.

O amor entre duas mulheres em cartaz

Se estiver no Rio de Janeiro, vale a pena conferir o musical! O texto fala sobre relações homoafetivas entre mulheres e contribui com a luta contra o preconceito, quebrando estereótipos e mostrando que o amor é um direito que deve ser livre, sem regras e igual a todas as pessoas.

Na montagem, as atrizes Elisa Lucinda e Ellen Oléria encabeçam o elenco. A peça conta a história de uma autora de novelas que escreve o primeiro folhetim de sucesso a ter um triângulo amoroso formado por mulheres. Ela divide esse cotidiano profissional e afetivo com um grupo de amigas.

A trilha sonora também é um espetáculo à parte: reúne 22 músicas de cantoras da MPB assumidamente lésbicas ou bissexuais e são tocadas ao vivo por uma banda 100% feminina.

L, O musical está em cartaz no CCBB Rio de Janeiro, até 17 de dezembro.

Fique por dentro das ações do Comitê LGBT+

O que vem por aí…

  • Criação de materiais específicos para operações e gestores;
  • Mais hotéis associados à IGLTA e à ABTGLBT para receber o público LGBT+;
  • Definição e implantação de estratégia de comunicação LGBT+ nas campanhas de Marketing e nos meios digitais das marcas e da AccorHotels;
  • Plano de ação para contratação de pessoas Trans (Parceria com a ONG Transempregos e Casa 1);
  • Incentivo a ações nos hotéis específicas em grandes eventos (para Paradas e Semanas de Diversidade).

Certificação

A AccorHotels recebeu o certificado de parceiro apoiador da 1ª Conferência Internacional da Diversidade e Turismo LGBT+. A empresa foi a hospedagem oficial dos participantes do evento e a responsável por um painel sobre a adesão da empresa ao movimento LGBT e as ações que a tornaram um exemplo no segmento hoteleiro. “A AccorHotels pratica o Feel Welcome e a diversidade é um dos nossos ativos. Nosso objetivo é que todos os colaboradores encontrem aqui um ambiente seguro, com meritocracia de oportunidades, para que isso se espelhe nos clientes”, destaca Ewerton Camarano, gerente geral do Novotel SP Jaraguá Conventions e embaixador LGBT+ da AccorHotels Brasil.

Doação de sangue

O STF (Supremo Tribunal Federal) suspendeu em 26 de outubro por tempo indeterminado o julgamento sobre a restrição de doação de sangue por homens que mantiveram relações sexuais com outros homens nos últimos 12 meses. Cinco ministros votaram, sendo quatro a favor e um parcialmente a favor da inconstitucionalidade das regras do Ministério da Saúde e da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). A decisão, no entanto, depende de uma maioria de 6 votos entre os 11 ministros da Corte. Em tese, os magistrados podem mudar o voto até o fim do julgamento, mas a prática não é comum. Atualmente, um homem heterossexual que tenha feito sexo sem camisinha pode doar sangue no Brasil, enquanto um homossexual que use preservativo fica vetado de doar por um ano após sua última relação sexual.

Mulher trans na política norte-americana

Uma eleição dos Estados Unidos deu mais um passo para a inclusão. Pela primeira vez no país, uma mulher trans foi eleita para um cargo legislativo. No dia 7 de novembro, a democrata Danica Roem foi escolhida representante da Assembleia Legislativa do estado da Virgínia – cargo semelhante ao de deputado estadual no Brasil. Com 33 anos, ela disputou o cargo com o conservador Bob Marshall e acabou vencendo com 54% dos votos. Danica, que começou sua transição de gênero há quatro anos, fez ampla campanha em cada distrito do estado e obteve cerca de US$ 500 mil em doações de seus apoiadores. Ela lidera um movimento por mais representantes trans na política americana e dedicou a sua vitória “a cada pessoa que já foi apontada, julgada ou estigmatizada”.

 

Um manifesto pela visibilidade lésbica

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